11.11.12

Sempiterno


"under calico skies"

Deixo estar, espero pouco do muito, não quero nada em demasia, não quero ser como os que jogam fora por ter de mais, porque eu – Ah! eu gosto é do gasto – gosto do bom e velho, do simples. Do tempo não conto as horas, elas que passem, o que me vale são os minutos. Dos dias, sejam os de chuva ou de cansaço, conto os melhores. Dos momentos de silencio, lembro-me dos que terminaram com um sorriso.
Que venha o tempo e desgaste o que houver de gastar, traga rugas, dor ou lagrimas. Venha o tempo e deixe aquela roupa mais gostosa pra usar no domingo, tanto a ponto de me valerem mais que as novas. E que fiquem a sabedoria, as lembranças e as historias pra contar.
Não quero a brisa passageira dos dias de sol tirano, não quero gastar gelo em um copo de vaidades, justamente porque tenho pouco, e quero o muito desse pouco. Bem mais que isso, quero os silêncios e os risos, quero todos os minutos, todos os dias (incluindo os chuva, e cansaço), assim, como gotinhas de chuva, cada uma com o sabor de quem atravessou o céu inteiro pra chegar na ponta da língua.

Um comentário: